quarta-feira, 23 de junho de 2010

Contra todos


É engraçado como a nossa cabeça muda de ideia tantas vezes, principalmente se permitimos que ela aja assim. A minha mudou suas ideias em relação ao hardcore, e muito. Vinha pensando que o som não me era mais agradável, que as situações propostas (principalmente as amorosas) já não se encaixavam comigo. É bem verdade que o que mudou mesmo foram os meus motivos para se escutar música.
Mas aí me vem o Dead fish (em 2009) com o "Contra todos". Se não é o melhor cd deles, está na briga. Falando de letra, porque de melodia não entendo nada, algumas músicas como "O melhor exemplo do que não seguir" e "Não" parecem narrar com perfeição o que sinto e penso tantas vezes em minhas relações singulares e plurais também. Ou "Quente" que me lembra em como gosto de morar em um lugar ainda não mergulhado no caos. Enfim, obrigado Dead fish, por acender o hc como modo de pensar em mim de novo.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

O avesso do seu avesso


Essa falta de interesse diário que invade meu eu-lírico prosiano, que não é muito bom de prosa, me obriga a riscar o carbono grafite. O difícil é saber o que te dizer quando o que é interessante não é conhecido. Deve ser bom saber te convencer do que quero. Eu te digo que nasci do avesso e cá estou do mesmo jeito, até hoje sem saber esconder o que aqui sinto tão forte.
Preciso me esconder um pouco, então fiz uma roupa, até que ficou bonita: as meias laranjas que não te deixam perceber como meus pés são frios; os tênis brancos porque eu acho bonito; tem uma boina também branca com um laço rosa discreto para você achar que sou tranquila e serena; meus shorts vermelhos e curtos podem sim te reverter à outras intenções. Agora a camisa eu mudo sempre. Porque primeiro, camisa suja estimula glândulas mal cheirosas e segundo, ela representa o que há de mais sincero em mim. Ela abriga meu peito e meus braços, que fazem o que querem, eu ainda não consegui podá-los. Mas é bom, assim não explodo.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Chuva


Quando chove e eu não estou em casa eu tenho a nítida impressão de que tudo está perdido. Parece que meus laços com o mundo foram cortados. Por isso adoro chuva.
Saio de mim para me encontrar comigo, na minha cabeça.
Fico pensando em como deve ser bom não racionalizar nada e deixar minha espontaniedade extintiva tomar conta do dia.

Quieto

Tá pra amanhecer e meu coração está tão gelado quanto o ar parado de início de dia. Dá pra notar o modo estranho e aperriado que se mexe dentro de mim. Mas o sol já vem.
Vem com sua quentura e seu amarelo alaranjado e meu barulhento amigo há de se aquietar.
Mas isso não parece fazer nenhuma importância. Quem não pára na verdade é a cabeça. Quase consigo ouvir melodias, não fosse a interferência de ideias alucinantes que me provocam mais e mais descargas de ideias.
Não paro de viver, nem parado e distraído.

Começo


A minha irmã, ontem a noite, veio me pedir ajuda para o nome do blog dela e de quebra me convenceu a fazer um também. Não sei a quantas anda o blog dela, nem sei que nome escolheu. Em um próximo post eu sugiro o link.
Quanto ao título do meu blog "Costas quentes", vamos dizer que as minhas andam bem frias, mas quem as esquenta anda carregado por mim aqui dentro.
Pretendo escrever sobre coisas diversas que passam por minha nuca as vezes, meus vento - pensamentos nesse tempo macio.